E quem protege as protetoras?

Ser uma militar travesti em um ambiente predominantemente machista é enfrentar desafios complexos. A busca por respeito e aceitação colide com preconceitos arraigados, criando uma dualidade única: ser protetora enquanto busca sua própria proteção. A falta de compreensão no grupo de trabalho impacta não somente a eficácia da equipe, mas também a saúde mental da militar travesti.

A discriminação de gênero compromete a coesão do grupo, prejudicando a confiança essencial em ambientes militares. Romper estereótipos é vital para criar um espaço inclusivo. Instituições militares precisam adotar medidas educacionais e políticas inclusivas, capacitando líderes para lidar com questões de gênero.

Ao enfrentar as dificuldades, não apenas reconhecemos a importância da inclusão, mas também fortalecemos as forças armadas como um todo. A pergunta persiste: "E quem protege as protetoras?" A resposta está na transformação das estruturas, na desconstrução de preconceitos e na promoção de uma cultura que celebre a diversidade. Somente assim, as militares travestis poderão desempenhar plenamente seu papel, sem temerem por sua própria proteção.